quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Deus Uno e Trino em C++

Aos meus amigos nerds, um pequeno exemplo de falar "Deus Uno e Trino" na linguagem C++. Qual é o output desse código? :)

// This code was created on Microsoft Visual Studio 2010 Professional.

#include "stdafx.h"
#include
"conio.h"

class Father
{
public:
    void Love()
    {
        printf("I love you.\n");
    }

    void Mission()
    {
        printf("I created you.\n");
    }
};

class Son
{
public:
    void Love()
    {
        printf("I love you.\n");
    }

    void Mission()
    {
        printf("I saved you.\n");
    }
};

class HolySpirit
{
public:
    void Love()
    {
        printf("I love you.\n");
    }

    void Mission()
    {
        printf("I comfort you.\n");
    }
};

union God
{
    Father f;
    Son s;
    HolySpirit hs;

    void Love()
    {
        f.Love();
        s.Love();
        hs.Love();
    }

    void Mission()
    {
        f.Mission();
        s.Mission();
        hs.Mission();
    }
};

int _tmain(int argc, _TCHAR* argv[])
{
    God trinity;

    trinity.Love();
    trinity.Mission();

    getch();
    return 0;
}

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Deus existe?

Dada a equação abaixo:
Responda: Quais são as raízes dessa equação no domínio do conjunto dos números R (reais)?

Àqueles que acharam as raízes, PARABÉNS.
Àqueles que NÃO acharam as raízes, mas responderam "NÃO SEI", PARABÉNS também.
Àqueles que NÃO acharam as raízes, mas responderam "NÃO EXISTEM RAÍZES", infelizmente não posso dar os parabéns.

Se você não achou as raízes, você não pode dizer que elas não existem. Da mesma forma se você não achou Deus, você não pode dizer que Ele não existe.

PS: Não é pegadinha. Essa equação tem raízes reais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Intolerância religiosa

Estava lendo esse texto aqui na Internet, cujo o título é "'Deus seja louvado' soa melhor que 'Deus não existe' na nota de Real?", e gostaria de fazer uns comentários à respeiro.

Me dói ler palavras distorcidas. Desde o começo do texto até o final o cara distorceu palavras. Ele defende que não se deve favorecer ninguém, mas esquece de falar em tolerância. Existe uma INTOLERÂNCIA a objetos e frases sagradas, seja em notas de dinheiro, seja em ambientes públicos.

Se essas pessoas argumentam que não é a retirada desses objetos e frases, que vai fazer mal algum, a recíproca é verdadeira. Imagine o grau de intolerância que vai ser criado com essas distorções que ele fez. Só um cego para não ver que o que se está querendo criar não é uma defesa a todas as religiões, mas uma intolerância entre elas e entre quem não tem.

Um amigo meu foi à França, e quando foi puxar as moedas do bolso, o terço veio junto. O dono da loja só faltou expulsar ele fora por conta disso. Vê só o que a França, que o camarada fala no texto, criou. Isso do ponto de vista de maturidade humana é RIDÍCULO. Onde estão os adultos para me ajudar aqui? Como não consigo suportar que alguém expresse sua religião? E olhe que ele tava puxando dinheiro e o terço veio porque tava no bolo. Quer seguir exemplos dos que já fizeram? Então vejam pelo menos as consequências.

O cara começa o texto dizendo que o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, falou que o Estado "declara sua predileção pela religião que o símbolo ou a frase representam" se colocar o texto. Meu amigo, "Deus" é Deus. Alá é só um nome. Buda, outro. "Seja" é uma forma do verbo ser. "Louvado" é uma expressão que TODA religião tem. Me diga uma religião que não tenha em nenhum momento o LOUVOR. Então "Deus seja Louvado" cabe para todos. Não é favorecimento para ninguém.

Quando ele ironiza sobre "raízes históricas", leia-se "valores". Quem tem valores, preserva-os. E ao contrário do que ele fala, são justamente as raízes históricas que te fazem conhecer quem você é, e não é ignorando-as que você vai ser "quem você quiser" ser (como dito no texto). Isso vai além de religião. Isso entra em filosofia.

"Como garantir que as decisões [judiciais]serão isentas", se esses objetos estiverem lá nos locais de julgamento? Meu amigo, essa daí eu perco até a vontade de falar, mas vamos lá. Para se julgar casos desses, pode ter ou não crucifixo na parede, o que os cristãos apelam é para que haja um estudo filosófico, histórico, antrológico, científico e religioso também. Todos esses devem ser escutados, e não só fazer uma votação de cunho político.

E a pior distorção de todas foi usar o trecho do Evangelho de São Mateus. Dizer que o resto do texto dele se justifica em "dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus", é prova de que esse cara não abre uma bíblia para ler, rezar, e estudar há anos.

Pois é isso. O cara distorceu palavras o texto todo. Se pelo menos usasse argumentos em palavras verdadeiras, mas distorcendo, me poupe.

Repito, o que tá se criando é uma intolerância religiosa. E se continuar assim, vai ter Carioca pedindo para tirar o Cristo Redentor de lá. Meu amigo, se eu fosse budista e não consiguisse andar em Copacabana ou em Ipanema, porque consigo ver o Cristo de onde estivesse, e isso me incomodasse, tava na hora de eu voltar para o maternal, pois é lá onde as crianças começam adquirindo maturidade.

Conseguir viver e conviver com gente de outras religiões ou com gente que não tem religião ou não acredita em Deus é o que vai salvar a gente de viver feito a França, por exemplo. Caro autor, por favor, tolerância e palavras verdadeiras.

sábado, 10 de novembro de 2012

Por que tanta desigualdade?

Refletindo hoje em minha oração pessoal sobre a desigualdade no mundo cheguei à seguinte frase: A cada criança pobre que nasce, é uma tentativa de Deus de chamar o rico, EM SUA LIBERDADE, a não ser avarento, para que não haja necessitados entre nós.

Daí fui pegar a liturgia do dia e me deparo com São Paulo agradecendo aos irmãos Filipenses por partilharem com ele justamente o que ele precisava (chamando o donativo recebido de "sacrifício aceito e agradável a Deus"). Mas ele agradece não pura e simplesmente porque recebeu, mas porque viu crescer o afeto e a partilha no coração daquele povo. Tá boooommmm! Quer dizer que ele não ficou feliz em receber? Claro que ficou, mas o motivo maior de alegria para ele não foi esse. Como saber? Ele mesmo fala: "Não é por necessidade minha que vos digo, pois aprendi muito bem a contentar-me em qualquer situação. Sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou sofrendo necessidade. Tudo posso naquele que me dá força." (Fl 4, 11-13).

Para mim ficou muito claro que São Paulo ensina como deve viver cada um de nós, seja pobre ou seja rico, seja na miséria, seja na abundância, seja na partilha dos bens. Os Filipenses souberam partilhar o que tinham com São Paulo, e dessa forma saberiam partilhar com qualquer um, pois foi livremente que o fizeram.

Como alguns irmãos, diferentes na fé, tentam espalhar de que tudo é de todo mundo e que todos devem ser iguais, eu porém digo que nem tudo é de todo mundo e todos são chamados a ser UM (e não iguais) de forma que não haja necessitados entre nós. A palavra de São Paulo é para ambos: pobres e ricos. Saber viver na miséria e na abundância, bem como deixar a avareza de lado.
Certa vez "disse-lhe então alguém do meio do povo: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Jesus respondeu-lhe: Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós? E disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas" (Lc 12, 13-15).

A Jesus cabe nos advertir sobre a avareza que está no coração devido ao egoísmo e ao apego ao dinheiro. Não cabe a Jesus e consequentemente à Igreja dizer reparta metade do que você tem com o outro de forma obrigatória.

Por que tanta desigualdade? Por conta do pecado do homem.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Galileu e o Papa tiveram um pequeno desentendimento


O título desse post é uma frase de Sheldon Cooper ao afirmar que o desentendimento que Galileu teve com o Papa foi muito menor do que o que ele teve com Leonard. Muito bom esse episódio, diga-se de passagem.

Mas até onde esse desentendimento foi? Foi como contam por aí nas escolas ou nas mesas de bares? Eu mesmo tive um professor de História que, depois de ser "repreendido" privadamente por um amigo meu de sala sobre uma questão de Igreja, respondeu: "Isso aí, ninguém precisa saber". Tem muito professor reto por aí, mas não vamos tapar o sol com a peneira e achar que esse meu professor foi um caso perdido no mundo.

Que tal ouvir a versão da Igreja? Ou você vai responder como um cara que trabalhou comigo: "Não sei se eu quero mudar de opinião". Diálogo era um ponto forte dele... BAZINGA! :)

Você que ouviu que "Galileu foi condenado na Idade Média", mas esquece que a Idade Média vai até meados do século XV, e que Galileu nasceu em 1564, ou seja, cerca de um século após o seu término; ou ouviu também que "Galileu teve Copérnico como discípulo", mesmo de ter nascido 21 anos depois da morte de Copérnico; e muitas outras, não acha que tá na hora de ouvir a outra versão?

Esses quartro textos abaixo (sobre tudo os três primeiros) trazem a versão da Igreja sobre o fato:
  1. Novidades sobre caso de Galileu no Arquivo Secreto Vaticano 
  2. O «caso Galileu» 
  3. Descoberta de documento histórico esclarece a «lenda negra» sobre Galileu 
  4. O caso Galileu (I) 
Tenho a impressão de que a religião já superou o trauma do passado com relação ao assunto, mas parece que a ciência ainda tem feridas.

Se bem que Max Planck, o pai da teoria quântica, falou que: "Ciência e religião não estão em conflito, mas precisam uma da outra para completar-se na mente de um homem que pensa SERIAMENTE" (o maiúsculo é por minha conta).

É... Talvez o trauma ainda exista nos ignorantes sobre o assunto. E há quem diga que ignorância é uma bênção. Nunca foi.

Vale à pena ler e se informar para não ficar só com lendas urbanas na cabeça. Não tô querendo dizer aqui que a Igreja não errou. Nem os textos dizem isso. Estou querendo dizer que não foi como dizem por aí.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

É perdoando que se é perdoado


Conheço muita gente de coração bom, mas que está fora da Igreja por não suportar uma única coisa: o pecador. Sim, o pecador e seu pecado. Não compreenderam ainda que Deus nos pede para DETESTAR o pecado e AMAR o pecador. O perdão se instalou somente na cabeça dessas pessoas (de forma ainda infantil diga-se de passagem), mas não no coração. O coração dessas pessoas que conheço está cheio de fazer o bem a quem faz o bem. Natural demais. O próprio Jesus disse que qualquer um faz isso. A capacidade de perdoar dessas pessoas é muito limitada, pois o coração não compreendeu ainda que a Igreja nasceu de um enorme perdão de Deus.

Para elas a Igreja é um antro de pecadores. Hummm. CERTA RESPOSTA! É isso mesmo o que você encontra na Igreja: pecadores. Mas não é SÓ isso o que encontramos na Igreja. Encontramos também o Espírito Santo que está lá nos revelando dia e noite a Verdade, ou seja, o próprio Jesus Cristo, que por sua vez não cessa de nos perdoar e nos conduzir ao Pai.

Já ouvi muito isso dessas pessoas: "Ahhhh, tem coisas que não tem perdão" ou ainda "Eu não consigo perdoar uma pessoa que faz isso". Para quem está de fora fica difícil mesmo participar dessa experiência de perdoar e ser perdoado. No episódio em que a mulher pecadora entra na casa do fariseu e beija os pés de Jesus, chora sobre eles, perfuma-os e enxuga-os com seus cabelos (Lc 7, 36-50); Jesus deixou bem claro que a quem muito foi perdoado, muito amor demonstra, e a quem pouco foi perdoado, pouco amor demonstra. Então essa dificuldade de perdoar vem da dificuldade de ser perdoado. Não por dificuldade de quem quer dar o perdão, mas dificuldade da pessoa em receber o perdão. Essas pessoas não suportariam se ver como pecadores. Por isso muitos deixaram a Igreja.

Isso quer dizer que dentro da Igreja só tem gente que sabe receber o perdão? Não. Não vou ser leviano em dizer que sim, mas dentro da Igreja ainda tem muito fariseu. Mas muitos deles lutam para quebrarem com seus orgulhos e se deixarem ser perdoados por Deus, se deixarem ser justificados por Deus. Justificados? Sim, tornados justos. E tem alguém justo diante de Deus? Sim, todo aquele que permite que Deus o justifique, o torne justo, através do perdão dos pecados. Imagine a dificuldade: se que para quem está dentro nem sempre é fácil, imagina pra quem está fora. "Não consigo!". Não se preocupe, Deus entra com a Sua graça para nos fazer superar nossos próprios limites e participarmos dessa graça sobrenatural do perdão.

Quanto mais você se sente perdoado, mais você demonstra amor. E demonstrar amor é também perdoar. E não só perdoar, mas fazer o bem. Sim, fazer o bem a quem te fez o mau, assim como Deus faz com todos: "Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois Ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos" (Mt 5, 45). É desejo de Deus que imitemos Ele no proceder com toda nossa força com todo nosso entendimento e com todo o nosso coração. Difícil? Sim, mas você acha que Deus ia te pedir algo se te dar o suporte da graça dEle? Claro que não.

Resumindo, faça a experiência de ser perdoado (pedir perdão por uma falta, seja grande, seja pequena, e acolher o perdão) e aí ouça Deus te dizer "Vai, e faze tu o mesmo" (Lc 10, 37). Sua vida vai mudar e aí você vai compreender o porquê da Igreja estar cheia de pecadores: "Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhes: 'Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes'" (Mt 9, 12).

Antes amar do buscar uma falsa perfeição de não ter pecados.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Empresa RICA ou PODEROSA?


Se você pudesse ter sua própria empresa, você preferiria que ela fosse RICA ou PODEROSA? Com certeza você gostaria que ela fosse as duas coisas. Mas se você só pudesse escolher uma opção? Não me espantaria se muitos respondessem RICA. Mas uma empresa RICA e sem PODER, fatalmente ficará POBRE mais uma vez.

Mas de onde vem o PODER de uma empresa? Existe uma moeda chamada CONHECIMENTO, entretanto conhecimento não dá PODER, mas RIQUEZA. Tirando a questão monetária, que é de extrema importância para qualquer empresa, podemos dizer que uma empresa é RICA se ela tem muita moeda chamada CONHECIMENTO.

É mais ou menos como um time de futebol que adquire um jogador craque, ou seja, um jogador com muito CONHECIMENTO (inteligência) CORPORAL. Esse clube, independentemente de ter uma conta cheia ou não no banco, está RICO em CONHECIMENTO e INTELIGÊNCIA CORPORAL.

Então respondendo à pergunta: de onde vem o PODER de uma empresa? A resposta é: do COMPARTILHAMENTO de CONHECIMENTO que ela tem.

CONHECIMENTO faz sua empresa mais RICA, enquanto o COMPARTILHAMENTO dele torna-a mais PODEROSA.

Se aquele craque não COMPARTILHAR os esquemas táticos que aprendeu, ou qual a melhor forma de bater na bola, ou dribles que desconsertam qualquer adversário; esse time ganhará algumas partidas, mas não será campeão do campeonato. Isso vale também para as empresas. É necessário que seus funcionários tenham a humildade de descer o degrau, que eles subiram para alcançar mais conhecimento, para que ele consiga levar consigo outras pessoas para o mesm ponto onde ele está. Infelizmente tem gente que sobe, mas não desce para buscar outros.

Um dos exemplos de COMPARTILHAMENTO e COOPERAÇÃO que mais gosto é o das FORMIGAS. Se elas tivessem a inteligência que nós temos e ainda assim fossem colaborativas como são, o mundo seria delas há muito tempo.

Todavia se você não tem sua empresa, mas trabalha em uma, continua valendo o texto acima.

Desejo que sua empresa seja antes de tudo PODEROSA, pois o $ virá depois.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Deus é o mesmo, e parece que nós também


Deus é o mesmo desde sempre, e vai continuar sendo. Mas infelizmente, parece que nós também não mudamos, ou somos resistentes à mudança. Ele não precisa mudar, mas nós, sim.

Olhando a liturgia do dia 12 de Junho de 2012, imaginei como seriam pessoas do tempo de hoje no tempo de Jesus ou dos profetas. Vejamos.

Leitura do Primeiro Livro de Reis. Capítulo 17, do versículo 7 até o 16. Comecemos pelo versículo 7: "Secou a torrente do lugar onde Elias estava escondido, porque não tinha chovido no país". Nos dias de hoje, um crente reclamaria com Deus, e um descrente desafiaria o crente dizendo: "Por que seu Deus não manda chuva?".

E no versículo 8 temos: "Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: 'Levanta-te e vai a Sarepta dos sidônios, e fica morando lá, pois ordenei a uma viúva desse lugar que te dê sustento'". Nos dias de hoje, um crente, se tiver caído na armadilha do descrente no versículo anterior, ao invés de obedecer, questionaria a Deus: "Por que sair daqui, se o Senhor pode mandar chuva? Eu creio que o Senhor pode mandar chuva!", enquanto o descrente só duvidaria mais ainda: "Por que seu Deus não manda chuva? Se existe Deus, porque ele permite essa seca para morrermos? Se existe alguém aí em cima, por que não manda chuva?". De fato Ele pode mandar chuva, mas só se Ele quiser.

Quantas pessoas deixam de experimentar o que o Salmo 4 (do dia) fala no versículo 8: "Vós me destes, ó Senhor, mais alegria ao coração, do que a outros na fartura do seu trigo e vinho novo". Quantos crentes esquecem que o Senhor ouve nossas orações, conforme o versículo 4 do mesmo Salmo? "Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo, e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece!". Quantos descrentes não acreditam nessa mesma passagem. E quantos crentes se tornam descrentes, pois fecharam o coração conforme o versículo 3 desse Salmo? "Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?".

Quantos crentes esquecem e quantos descrentes não crêem que Deus atende nossas preces, mas Ele tem o jeito dEle de agir? Temos o profeta Isaías que nos diz no capítulo 55, versículos 8 e 9 que "Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos". E assim esquecem e não crêem que Deus nós dá sempre o que é BOM e acham que Ele se esqueceu de nós.

O versículo 5 diz "Se ficardes revoltados, não pequeis por vossa ira; meditai nos vossos leitos e calai o coração!", entretanto quantas pessoas acham que estão certas e Deus está errado e somam um pecado a outro, por estar com raiva de Deus, por pensar que o que está escrito é falso, por pensar que Deus está errado? Quantas pessoas deixam de meditar e calar o coração e tentar entender e/ou aceitar os desígnos de Deus, mas, ao contrário, se revoltam contra Deus e questionam Suas atitudes e decisões?

Aí como ser o sal e luz que Jesus pede que sejamos no Evangelho desse dia (Mt 5,13-16)? Fica difícil. Se não deixarmos que o Criador, que conhece cada parte nossa, nos modifique, seremos sempre os mesmos e não nos tornaremos melhores. Por que ser melhor? Por motivos óbvios.
Até quando seremos os mesmos? Até quando vamos rejeitar a mudança necessária em nossas vidas, para que sejamos iguais Àquele que é o mesmo ontem, hoje e sempre?

DIGA SEU SIM PARA AQUELE QUE PODE MUDAR SUA VIDA, SEJA VOCÊ CRENTE, SEJA VOCÊ DESCRENTE.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Anencéfalos: Quanta incoerência!

O caso do momento é se anencéfalos (pessoas sem cérebro ou sem uma parte do cérebro) devem ou não serem abortados uma vez que a expectativa de vida deles é muito pequena.

Argumentos dos mais toscos possíveis, eu tenho visto por aí. Coisas do tipo "É justo para a mãe?" (até parece que a criança é sem pai) ou "a criança vai morrer de todo jeito" (até esquecem que a criança já vinha 9 meses com vida) ou "a criança não sente nada", etc. Gente, se tem vida, e é crime matar a vida, então abortar é crime.

Vamos colocar dessa forma: Dois quartos de hospitais com duas grávidas de anencéfalo, a primeira pede que o médico mate seu filho antes que ele saia do seu ventre e a segunda pede ao médico que mate o seu filho 1 segundo após a criança sair do seu ventre, até porque matar fora da barriga deve ser mais confortável para a coluna do médico e tudo mais. Pergunto: a primeira mãe não cometeu crime e a segunda, sim? Só porque alguns centímetros de carne separam a criança do mundo exterior, o primeiro caso seria de crime e o outro, não?

E se matassem hoje a filha desse casal, que tem dois anos de idade? Eles teriam o direito de reclamar por justiça por conta da morte da filha? Ora, se é anencéfala, não importa se está dentro ou fora do ventre da mãe. Mas quem diria a esses pais que eles não teriam o direito de reclamar por justiça por conta de um assasinato? Ser a favor do aborto, só porque a criança nasceu sem (parte ou total) cérebro é voltar ao tempo de Esparta que sacrificava os defeituosos.

Mas vamos continuar. Dizem que os dias dessa criança estão contados. O que fazer então quando você recebe a notícia que seu pai está com câncer e o médico deu a ele dias ou meses de vida? Ora, nada melhor seria se você matasse seu pai, não é? Ele já viveu muito e já já vai ser corroído pela doença e é inevitável. Por que não matar seu pai? Escute! Você vai sofrer do mesmo jeito, seja matando seu pai agora, seja esperando ele ser definhado pelo câncer. Então mate ele logo para aliviar o SEU sofrimento. E ele? Ele quer ir embora agora? Provavelmente não. Só que seu pai pode falar isso pra você. O anencéfalo, não. Já sei porque você não o quer matar. É que você já criou vínculo com ele. E se isso é verdade, é verdade que seu vínculo com seu pai é bem mais forte do que o vínculo com o bebê anencéfalo, e se o bebê, que não pode falar, é tratado assim, a tendência é que ele seja mais visto como objeto inanimado, quando na verdade NÃO É. Pegue um bebê anencéfalo e pegue um copo e me diga qual dos dois se mexe sem que você mova um dedo.

Perceba que a pergunta "É justo para a mãe?" está sempre vindo de um pensamento egocentrista. Isso mostra a incapacidade da mãe de sair de si e ir na direção de quem mais precisa dela. Você que faz essa pergunta, responda-me essa: "Por que é injusto para a mãe?" ou essa "É justo para a criança?". Se você usa a palavra "justo" eu pergunto: "Que JUSTIÇA você está fazendo à mãe ao abortar a criança?" ou ainda "Que JUSTIÇA você está fazendo à criança?". Aguardo respostas nos comentários desse blog.

Só me vem uma explicação: a incapacidade do ser humano de lidar com o sofrimento. Ninguém gosta de sofrer, mas como diz Santa Terezinha: Sofrer é ruim. Bom é ter sofrido. E nesse mundo, não nos iludamos: todos vamos sofrer. Pode correr com medo do sofrimento o tempo que for, uma hora ele te acha. O importante é sabermos dar um SENTIDO ao sofrimento. Não fugir do sofrimento, mas acolhê-lo e superá-lo. Ninguém é masoquista pra correr atrás de sofrimento, não.

Os pais, acima citados, decidiram acolher o sofrimento e amar a menina, e são felizes por isso. A felicidade deles não brota da ausência de sofrimento, mas da capacidade de depositar amor o tempo todo na vida da menina. Mas nem todo mundo é assim, Emerson! Eu sei, mas porque não pensamos em dar suporte para esse sofrimento, ao invés de eliminá-lo cedo. "O sofrimento da mãe pode e deve ser mitigado pela medicina, a psicologia, a religião e a solidariedade. Além disso, é um sofrimento circunscrito no tempo; mas a vida do bebê, uma vez suprimida, não pode ser recuperada; e também a dor moral decorrente de um aborto decidido pode durar uma vida inteira. Além do mais, o alívio de um sofrimento não pode ser equiparado ao dano de uma vida humana suprimida". E a essa frase de cima eu acrescentaria o sofrimento do pai.

Por fim, gostaria de pedir que você assistisse ao voto de Cezar Peluso (Presidente do STF). Ele fala muita coisa que eu escrevi aqui, mesmo sem eu ter visto esse voto dele antes.


Fico admirado por saber que alguém ouviu isso tudo o que ele falou e não mudou de opinião.

[]'s
Emerson de Lira Espínola
 

quinta-feira, 8 de março de 2012

A gente só ama o que a gente conhece


Texto grande, mas vale a pena ler.

"Meu povo se perde por falta de conhecimento" (Os 4, 6). Essa foi a frase que o profeta Oséias usou para dizer que não havia "sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra" (Os 4, 1). Podemos dizer que hoje ainda tem muita gente no mundo que não tem o conhecimento de Deus: uns porque não foram alcançados ainda, outros porque simplesmente se esquivaram desse conhecimento. Esse post tem foco naqueles que se esquivaram de conhecer Deus, Suas palavras, Seus ensinamentos, Sua história de amor com humanidade e com a Igreja.

É impressionante como essas pessoas teimam em falar da Igreja e da sua horripilante história de pecados e é impressionante como essas pessoas não dão o direito da Igreja se defender. As informações que essas pessoas aprendem geralmente vem dos meios de comunicação de massa, muitas vezes criticados por essas mesmas pessoas quanto à veracidade e sensacionalismo das informações. Abrem-se para o que qualquer TV ou Jornal diz. Não querem aprender e não querem saber o outro lado da moeda. Se afastam da Igreja porque é fácil dizer: a Igreja é uma &%$#@ e eu não. Justificam sua ausência na Igreja por conta dos seus erros. O que tem de fácil para dizerem isso, tem de difícil para deixarem a Igreja dialogar. Não dão espaço pelo menos para que a Igreja diga: "Eu errei, mas não foi assim como tão dizendo, ok? Ouça a minha versão!", ou pelo menos para que a Igreja diga: "Eu não fiz isso o que estão dizendo", ou pior ainda: "Eu fiz exatamente isso. Perdoe-me!". Digo pior, pois pedir perdão a quem não fez experiência de perdão é complicado.

Certa vez (há quase 10 anos) em uma conversa desse nível com colegas de trabalho, um deles disse: "A Igreja fez isso, e isso, e aquilo, e mais isso, e ...". Fiquei calado e quando ele terminou falei: "Cara, isso tudo o que você falou é novidade para mim, pois confesso minha limitação com a disciplina de História, mas eu conheço um cara que sabe bem essa parte histórica da Igreja. Quer conversar com ele?". Eis que ele, depois de alguns poucos segundos de silêncio, responde: "Eu não sei se eu quero mundar minha opinião".

Toda vez que eu me lembro dessa resposta eu preciso de um tempo para pensar. Por isso peço alguns segundos seus para pensar. Volto já.

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...
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...

Voltei. É a mesma coisa de pedir ajuda a alguém com um problema de matemática e dizer para a pessoa que você não quer que ela ensine do jeito dela. Enfim, por conta disso tudo, não importa o que a Igreja tenha feito de bom (e diga-se de passagem foi muita coisa), o rótulo de bruxa malvada vai permanecer na cabeça dessas pessoas. Por exemplo, estava outra vez (dessa vez mais recente: 2011) em outra conversa sobre Igreja com colegas do trabalho. Eis que um deles falou, e falou, e falou, e falou tudo de ruim que a Igreja fez. Eu cheguei pra ele e falei: "Eu sei que a Igreja errou, mas não acho que foi assim como você tá dizendo. Mas mesmo que fosse, o Papa João Paulo II pediu perdão público pelos pecados da Igreja. O camarada me respondeu que não dava pra perdoar. Foi quando falei: "Você falou tudo o que a Igreja fez de ruim. Agora me fale o que a Igreja fez de bom". Rapaz, o cara começou a gaguejar e disse: "Essa questão da oração, de colocar o ser humano em contato com Deus". Pensei comigo mesmo na hora: a oração é a resposta dele? Só isso?

Mais uma vez eu peço alguns segundos para respirar um pouco, pois sempre que lembro dessa resposta eu penso o mesmo que pensei na hora do evento.

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...
...
...

Essa mesma Igreja de pessoas pecadoras, que faz tudo isso o que você disse, ou até pior, é a mesma Igreja que faz muitas coisas maravilhosas, é a mesma Igreja de São Francisco, Santa Teresinha, São José de Cupertino, Beato João Paulo II, ... Enfim, mas como a inteção aqui não é defender a Igreja, mas falar da falta de conhecimento de Deus, voltemos ao assunto.

Percebo que essas pessoas aversas ao que Deus tem feito, falado e ensinado através da Igreja todos esses anos são pessoas que não gostam de ser moldadas. Se elas fossem árvores, seriam árvores que querem crescer do jeito que bem entendem e não querem ser podadas para se tornarem árvores bonitas. Elas morrem de medo de que Deus, usando-Se de pessoas pecadoras (às vezes mais que elas), peça para que elas mudem. Se aceitarem tal invasão, se sentem como imbecis e alienados que têm suas vidas adestradas pelos outros espertos e &%$#@ como chamam. Para quem não sabe, a correção fraterna é vivida na Igreja desde longos tempos. Não é de hoje. E nessa Quaresma o Papa Bento XVI, em sua mensagem para a Quaresma de 2012, alentou os católicos a recuperarem a correção fraterna porque diante do mal não devemos ficar calados.
Então o que resta a esses que se fecham para a Igreja? Ou procuram outra religião, ou vão se autodenomiar agnósticos ou ateus. Falo aqui de forma geral, pois é difícil falar de cada caso, ok? Cara... Na boa... Tem gente que se diz ateu, porque é mais cômodo, quando na verdade é preguiça de adquirir conhecimento. Quer ser ateu? Seja! Mas seja sério. Certa vez vi um vídeo em que o Dr. Dráusio Varela falava sobre sua opção pelo ateísmo, mas quando foi falar da Igreja ele falou as palavras que a Igreja fala e no final e discordou do ponto de vista da Igreja. Isso é um ponto de vista sério daquele que não crê. Mas o que se vê por aí é dizer que não se crê, porque a Igreja diz isso ou aquilo, quando na verdade ela não diz.

Hoje, se a Igreja fala alguma coisa, reclamam. E se não fala, reclamam também, como foi o caso do Papa Pio XII. E aqui é um excelente exemplo do que venho falando esse post todo. Muita gente espalha a informação de que o Papa foi omisso durante o Holocausto. "Falando do Papa Pio XII, o mais importante perito sobre o Holocausto na Hungria, Jeno Levai, declarou que foi uma ironia 'especialmente lamentável que a única pessoa em toda a Europa ocupada que fez mais que qualquer um para frear o terrível crime e mitigar suas consequências, se tenha convertido hoje em dia no bode expiatório dos fracassos dos demais'", ou seja não foi um zé ninguém que falou isso. Mas quem sabe? Quem? Levanta a mão aí? Ou quem não sabe, mas procurou saber? Quem? Alguém?

Para quem quiser ler mais um pouquinho sobre esse assunto, seguem os links:
É o que eu costumo dizer: se o camarada não quiser acreditar, ele não acredita. Pode vir o sacerdote Giancarlo Centioni (do terceiro link acima) e dizer: "Eu estava lá e ajudei no plano do Papa para salvar os judeus", mas se o cara não quiser acreditar, ele não acredita e vai duvidar até a morte. Assim como tem gente que não acredita que o homem pousou na lua ainda hoje, tem gente que acha que Igreja é a mesma de 500 anos atrás. Tô falando sério. Acreditar é uma decisão.
Galera, amigos, amados de Deus, se você teve paciência de ler o post até agora, aqui vai o recado pra você: a gente só ama o que a gente conhece. "Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto" (Mt 7,7). Busquem conhecer e vocês vão conhecer. Fico feliz por poder testemunhar isso na minha vida, pois logo quando comecei minha caminhada com Cristo, eu sentia medo de questionar, pois não queria perder minha fé. Mas num belo dia de oração pessoal, Deus me disse que eu não tivesse medo de questionar, pois Ele não iria me decepcionar. E posso dizer que cada vez mais que eu conheço eu amo mais. Outro testemunho a dar é de um amigo do trabalho. Várias vezes falei para ele que a gente só ama o que a gente conhece. Até que um belo dia, em São Paulo, quando ele foi ao show do U2, uma pessoa fantasiada de Espírito Santo, repito Espírito Santo, entregou um papelzinho a ele, e quando ele abriu o papel estava escrito: a gente só ama o que a gente conhece. Só faltou Deus desenhar, né? Mas como eu disse: Acreditar é uma decisão. Se ele quiser ele duvida até disso. Eu não.

E aqui fica uma dica final que tem me ajudado MUITO na minha vida cristã. O catecismo, no parágrafo 2518 alerta para a sexta bem-aventurança que diz que os puros de coração verão a Deus. Logo em seguida ele fala de como conseguir a pureza de coração assim: Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem". Às vezes a gente não entende, porque nosso coração não está puro. E se não estiver puro como pode compreender as coisas do Alto?

Comece crendo, e não compreendendo. Comece com essa decisão de crer. Até agora, Deus não me decepcionou.

A gente só ama o que a gente conhece, galera.