segunda-feira, 1 de março de 2010

A história da Garça Branca

No caminho para o local onde costumar almoçar, eu sempre passava por uma ponte que ventava muito. Certo dia passando pela ponte, pude observar a luta desigual de uma garça branca com o vento. A garça queria passar a ponte, mas o vento parecia não deixar. Ambos faziam tanta força que a garça, por alguns segundos, parecia parada, paralizada, imóvel, planando no ar.

Eu comecei a torcer pela garça, para que ela passasse a ponte vencendo o vento. Porém a garça branca se rendeu e o vento, como parecia, fez seu trabalho de não deixá-la passar. Mas para quem olhava com um olhar mais esperansoso, podia perceber algo estranho no movimento da garça, pois ela estava voltando. Sim! Ela não desistiu do seu objetivo.

Ela simplesmente deixou que o vento a levasse para ganhar velocidade. Em seguida dobrou à esquerda, e veio com mais velocidade enfrentou o vento novamente, o qual dessa vez parecia ter sido pego de surpresa pela garça branca. Sem chances para o vento, que só podia ver a garça passar por cima dele e, assim, atingir seu objetivo: cruzar a ponte.

Essa história parece aqueles emails que a gente recebe em PPT ou PPS, com uma musiquinha no fundo bem melosa, e no final aparece os créditos da música, do texto, do criador dos slides, não é verdade? Mas para mim, aquilo foi real. Tantas coisas na nossa vida nós queremos agora ou nunca literalmente. Se não for AGORA, será NUNCA! Somos muito orgulhosos para dizer que não conseguimos (esse mundo em que vivemos insiste em nos educar assim); para dizer que agora não deu, mas vai dar depois. Não continuamos tendo esperança de cruzar as pontes que passam na nossa vida, quando o mundo nos mostra barreiras e mais barreiras. Pior é quando sentimos que nada anda (assim como a garça). Mas olha, só não andava porque ela tava fazendo força contrária ao vento. Se ela simplesmente se deixasse vencer pelo vento, fatalmente ela cairia no rio sujo que passa por debaixo da ponte.

Se por um lado isso é historinha de uma garça branca que cruzou a ponte, por outro lado isso é muito sério na nossa vida. Não podemos nos render aos caprichos desse mundo, pois esse sentimento de derrota pode nos invadir em todas as áreas da nossa vida. E aqui vai um recadinho: "Não vos conformeis com este mundo" (Rm 12, 2). Ou seja, não entremos em conformidade com ele, que a nossa forma não seja a mesma dele, que o nosso formato não seja o mesmo dele, que não sejamos confundidos com ele.

"NUNCA FOI TÃO DIFÍCIL como hoje defender Cristo, o Evangelho e a Sua Santa Igreja, pois o chamado “politicamente correto” é exatamente uma vivência de valores anticristãos (aprovação de casamentos gays, aborto, pílula abortiva do dia seguinte, eutanásia, bebê de proveta, manipulação genética de embriões, “produção independente” de filhos sem casamento, etc.). Campeia a imoralidade no meio de nós; o pecado é chamado de virtude e o vício é legalizado como um bem.

COMO UM ROLO COMPRESSOR movido pela mídia, os falsos valores vão invadindo os nossos lares e escolas, criando uma cultura neo-pagã e anti-cristã, deformando a educação das crianças e dos jovens. É preciso com coragem combater tudo isto por amor a Deus e ao homem.
"

Tenhamos esperança em Deus, "que realiza tudo em todos" (I Cor 12, 6), que "faz novas todas as coisas" (Ap 21, 5), continuemos fazendo força contrária, continuemos remando contra a maré, pois quem nos inspira é bem mais forte do que nós e o vento contrário juntos.

Rezemos inspirados pela atitude da garça: "Pai, lança-me, cada dia, na aventura do Espírito, que me tira do comodismo e do abatimento e me faz superar meus próprios limites".

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